Dica de Livro

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011



Virando A Própria Mesa

(Ricardo Semler)

Semler relata sua trajetória do período escolar até a faculdade, onde mostra tudo que aprendeu para chegar onde está, embora sempre com a característica da desobediência civil e liberdade. Procurou mostrar o quanto é importante a autodeterminação, a autoconfiança e a predisposição para buscar o sucesso.
Ao assumir um cargo de executivo na empresa de seu pai, anota os pontos a serem mudados ou readequados, adotando estilos e regras totalmente diferenciadas e atualizadas, fazendo com que a empresa, em pouco tempo, tomasse novos rumos, tornando-se forte e competitiva. Para Semler o que a vida oferece de mais fascinante é o aprendizado.
Na seqüência, relata a história da desgastante e difícil travessia de determinada época, no início de 1981, quando uma crise afetou drasticamente a empresa, e não havia meios de diversificar produtos e serviços. O jeito foi demitir cargos de liderança e chefias, descontar duplicatas, fugir dos bancos credores e vasculhar gavetas, procurando documentos para saber o que haviam tratado com os clientes.
Em 1982, com a empresa recuperada, foram sendo negociadas algumas fusões e incorporações. A partir do quarto capítulo, o autor descreve a linha de pensamento que norteia o restante do livro, tratando de diversos pontos importantes na administração de uma empresa.
Para Semler, o segredo para perpetuar o sucesso está em três estratégias óbvias como: a capacidade de enxergar a necessidade de mudanças, obter a efetiva participação dos funcionários e ter uma linha de conduta administrativa flexível e aberta ás transformações.
O paternalismo existente nas empresas, estruturadas como familiares, impede a evolução administrativa no que Se refere á crescente competitividade internacional. Não que a administração familiar seja ruim, quase todas as multinacionais tiveram fundação familiar, mas para expandir se tornaram autônomas.
A principal barreira que as empresas encontram é a insatisfação dos funcionários no que se refere á realização profissional, pois o funcionário fica frustrado ao perceber que é um mero executor de tarefas e que não tem poder quanto ás tomadas de decisão. Outra barreira está relacionada com o lado psicológico e de visão dos funcionários com relação a empresa. Semler destaca que as pessoas são seu maior ativo, mas para que isto seja verdadeiro é necessário que a área de recursos humanos seja vista com destaque na empresa.
Quanto ao marketing da empresa, o autor diz que marketing adequado é aquele que examina o ambiente externo, procurando mudanças no comportamento das pessoas e inserindo um produto numa necessidade existente ou emergente. Outro fator importante é o respeito para com o consumidor. As indústrias no Brasil são acomodadas porque não enfrentam acirradamente a concorrência direta de produtos internacionais, em razão da política protecionista que dificulta as importações.
Todos os conceitos e conselhos deste livro servem de base para o funcionamento da Semco. As empresas que não estiverem preparadas fatalmente naufragarão.

Avanço Tecnológico e o Mercado de Trabalho.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011


Quando começaram os avanços na área de tecnologia da informação e de automação de processos, muitos “arautos da destruição” ergueram suas vozes para alardear que a criação de uma tecnologia capaz de substituir o trabalho braçal humano causaria um caos inimaginável em relação a empregabilidade. Certos que o avanço da automação e das tecnologias ligadas à produção colocariam milhões na “rua da amargura”, sindicalistas e pessoas ligadas a setores do governo promoveram grandes “guerras santas” contra o que chamavam de “domínio das máquinas”.

No entanto, conforme a tecnologia avançava e as pessoas se acostumavam a seus benefícios, ficou muito claro que os avanços proporcionados pela tecnologia de automação de processos e dos computadores trouxe muito mais benefícios do que malefícios aos seres humanos.

Num primeiro momento, foi mesmo uma realidade o fim de postos de trabalho devido ao impacto da tecnologia. Contudo, com a extrema capacidade de adaptação do ser humano e a crescente necessidade de mão-de-obra especializada para lidar com as criações advindas da nova tecnologia utilizada nos processos industriais. Desta forma, novas profissões surgiram para tomar o lugar das profissões que foram condenadas à morte pela tecnologia.

Uma gama toda nova de profissionais foi necessária e tornou-se imperiosa para que a nova tecnologia pudesse prosperar e ser utilizada com eficiência e segurança. Por isso mesmo, o impacto inicial na empregabilidade foi diluído ao longo do tempo com a substituição de profissionais braçais por profissionais que trabalhavam com as mãos e com os cérebros. Desta forma, mais bem pagos e menos sacrificados, esses profissionais realizaram suas tarefas graças ao principal e mais importante ganho que a utilização da nova tecnologia permitiu: Uma melhor qualidade de vida.

Trabalhando muitas vezes até mais horas do que antes; contudo sm o mesmo desgaste físico, o ser humano pode dedicar-se a tarefas eu antes eram proibitivas. E, com o passar dos tempos, a aceleração do avanço da tecnologia em todas as áreas do conhecimento humano, proporcionou a criação de oportunidades quase ilimitadas de criação de novas profissões que há apenas alguns anos seriam impensavelmente absurdas.

O avanço da tecnologia revolucionou de forma drástica e definitiva a forma como o ser humano encarava a sua vida e a sua relação com o mundo que em que vivia. Reduzindo-se a necessidade do trabalho braçal e degradante, o uso de tecnologia na substituição desses tipos de trabalhos resultou num avanço espetacular em matéria de longevidade para o homem deste século.

Contudo, como tudo o mais que o homem cria, a tecnologia também tem o seu lado perverso e negro. Hoje em dia, graças aos mesmos avanços que criaram benefícios e oportunidades inimagináveis, fez com que as pessoas também pudessem ser prejudicadas muito mais facilmente. Nosso avanço tecnológico tornou nossa sociedade escrava dos computadores e é, hoje, impensável gerir qualquer empresa ou uma pessoa levar uma vida normal sem que seja preciso dominar ou entender do funcionamento das parafernálias que a tecnologia criou e colocou em nossos lares.